PRK ou LASIK: as principais diferenças

No Brasil, existem duas técnicas amplamente difundidas e já muito bem estabelecidas no campo da cirurgia refrativa: cirurgia LASIK (com laser ou com lâmina microcerátomo) e a cirurgia de abrasão de superfície (PRK).

A diferença básica está na elaboração ou não do flap corneano. Ao optar pelo flap da córnea, preserva-se o epitélio e a camada de Bowman da córnea, sendo o Excimer laser aplicado logo em seguida na região do estroma da córnea. Quando o PRK é realizado, ocorre na remoção mecânica da camada epitelial corneana, incluindo sua membrana basal, com subsequente fotoablação da camada de Bowman e porção anterior do estroma corneano. A remoção mecânica da membrana basal epitelial, bem como a fotoablação da camada de Bowman, resultam na exposição do leito estromal às citocinas e fatores de crescimento liberados pelas células epiteliais lesadas, bem como citocinas presentes no filme lacrimal.

Na clínica CEO-Bauru, cerca de 95% das cirurgias optamos pela realização do método LASIK com laser de femtossegundo, devido ao maior desconforto da técnica PRK, tanto em relação a dor pós-operatório quanto pelo embaçamento visual no primeiro mês de cirurgia, além de maior risco de opacidade corneais (haze).

No entanto, seguimos critérios bem estabelecidos para embasar nossa decisão, sempre muito bem orientado e discutido com nossos pacientes. Algumas indicações que o PRK é o método de escolha:

1- Baixo erro de refração

2- Espessura córnea que contraindique a cirurgia de LASIK (leito residual menor que 300 micra)

3- Ceratometria corneal que contraindique a cirurgia de LASIK

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